sábado, 21 de agosto de 2010

Sobre ontem

You're So Far Away

Na noite todos querem mais é se esquecer, curtir a então “eterna” juventude e quem sabe encontrar algo, ou alguém, que faça essa vida valer a pena. Mas o cair da noite pode ser cruel e tudo que foi idealizado na árdua semana escorre entre os dedos, dando reviravoltas pelo ar. Olhares pelo canto do olho, o coração partido dele na mão dela. Sorrisos e gritos ecoavam noite à dentro, impossível separar prazer e dor. Beijos sem gosto e pessoas iguais em todo lugar. E assim foi mais uma sexta-feira à noite.



quinta-feira, 5 de agosto de 2010

osgemeos

Sou muito, muito fã deles.
Uma amiga me apresentou e logo eu cai de amores por eles.
Eles são osgemeos dois irmãos gêmeos (really?) e nas horas vagas artistas plásticos fodões.
O primeiro contato aconteceu quando fui tirar meu visto pro EUA em Recife e em frente ao consulado tem tipo uma galeria e na fachada do prédio tinha um grafite deles, achei louco. Quando bati o olho reconheci o traço na hora (memóriazinha ainda funcionava).

Em NY não achei essa parede aqui:

Os Gemeos Os Gemeos

a-ha-sa-da!

Quando você se sujeita a fazer um mochilão, não é pra dar uma de cool, que só ouve música indie ou folk e não liga pra conforto algum, é porque você não tem dinheiro ou tempo suficientes, então em Londres não deu tempo de ir no Tate Modern e olha o que eu perdi:


Na primeira foto onde tem 3 grafites o terceiro na direita (esse cabeção estranho) é do Blu, eles são muito bons (bom = original, criativo, contemporâneo e surreal) também:


 foi tudo desenhado ai eim.
(aprendi a colocar vídeos, Ê!)

E a saga continua...

Quando fui pra São Paulo ano passado tava tendo uma exposição deles na FAAP, então pensei: "é agora", mas mais um vez não foi =/ só dá pra ir até a FAAP de ônibus e eu só andava de metrô lá. É, eu amarelei. Mas pelo menos vi isso aqui no metrô ó:

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Fofinho né?

Mas então quando eu já havia desistido de tudo, em Brasília nossos destinos se entrelaçaram, uhu!! E valeu muito a espera. Eu não sou lá grande entendedora de arte, mas eu aprecio o novo e gosto de ver originalidade por ai, no meio da rua mesmo. Hoje tudo parece tão igual, tão banal e eles conseguem fugir disso e te levar pra uma outra dimensão. Não é a toa que o nome da exposição deles era VERTIGEM.

Olha eu e minha prima ai em frente da caixa:

DSC_0005DSC_0007DSC_0006Era dentro dessa caixa a exposição!

Assim que entrei dentro da caixa quase choro, tantas cores, tanta luz. Que imaginação é essa a desses gemeos eim? E o melhor tudo interativo, podia pegar, entrar, sentar em tudo, quase um parque de diversões. Eles levaram a street art pra um outro nível definitivamente.

"Pioneiros no cenário nacional do grafite, esses dois artistas plásticos promovem o melhor diálogo dessa técnica com as artes em instalações, pinturas, esculturas e objetos sonoros.

A mostra reúne obras que traduzem o sensível olhar da dupla sobre o cotidiano brasileiro, da periferia urbana ao folclore nordestino, em imagens surrealistas que remontam uma atmosfera de sonho, por meio de cores alegres e personagens melancólicos."

Não podia tirar fotos lá dentro, mas eu dei um jeitinho (hehe):



Vertigem ou sonho???




matéria legal:

domingo, 1 de agosto de 2010

fim de férias.

Agora tenho meus olhos semicerrados e só penso em escrever antes de dormir. O fim de uma era chegou. Quanto mais o tempo passa, mais céticos ficamos por ter crescido demais no tamanho e não tanto em termos de razão e equilíbrio. Mágoas do passado voltam para atormentar e a insegurança paira até sobre o indivíduo mais seguro de si. Como se livrar de todo o mal que um dia já existiu? Como seguir em frente e ter certeza absoluta de que isso é o certo a se fazer? Não sei. E esse é o mistério todo. Seguir e ir em frente, caminhando a passos largos para um destino desconhecido e incerto. As férias acabaram, meus amigos estão virando adultos, as responsabilidades são nossas e de mais ninguém. O que fazemos hoje pode vir a atormentar o amanhã. Esperando sempre um telefonema que não vai acontecer, sonhando acordada no alvorecer, as despedidas sempre chegam, todos suspirando e falando em voz baixa “quero ser feliz logo”. O tempo não vai parar esperando nossas decisões...

domingo, 25 de julho de 2010

pé na estrada

Calma eu ainda não desisti do blog, ainda não chegou essa hora. Apenas o meu final de semana que foi cheio de eventos intermináveis e a ressaca não me deixava escrever.
Hoje é domingo, minha mãe voltou de viagem e meu cachorro também, eles deixam essa casa muito melhor. É bom ficar sozinha às vezes, mas por pouco tempo...
Amanhã vou começar o regime, correr todo dia, não faltar nenhum dia na academia e botar todos os meus outros planos em prática. Essas promessas da segunda são tão cheias de esperança, porém quando a segunda chega as promessas se vão.
Então...
Quando soube que o filme do livro On the Road realmente seria feito, fiquei muito curiosa para saber quem seriam os atores escolhidos para fazer os personagen principais Dean Moriarty e Sal Paradise. Mas minha primeira interrogação foi: Como vão adaptar esse livro? Que eu saiba já tinham tentado antes e não deu certo. A sensação que eu tenho é que Jack Kerouac teve que escrever tudo de uma vez só pra não esquecer de nada. Cuspiu suas palavras em folhas brancas sobre uma juventude, a sua juventude, transviada e alienada numa América bem distante. Eu demorei pra achar esse livro, quer dizer eu na realidade não achei, encomendei um pra mim e outro pra um amigo meu de presente. No começo eu devorava o livro, depois fui cansando e agora ainda faltam umas cem páginas pra ler que estão deixadas de lado. As histórias de Sal Paradise e sua gangue são inebriantes e intensas, porém são muitas e com diversos personagens, por isso minha curiosidade para saber como vão deixar essa adaptação para o cinema leal. O livro é um ícone, best seller norte-americano que todo mundo já leu ou escreveu na listinha dos “livros que tenho que ler”. A adaptação tem que ser fiel e cuidadosa pra não ficar sem graça. E quem vai dirigir? Walter Salles! Tomara que ele segure bem o pepino e não deixe o filme mega tedioso como aquele Dark Water que ele dirigiu, não recomendo pra ninguém. Já Central do Brasil é um filme lindo, cheio de sentimento, com um enquadramento incrível que começa tenso, fechado e depois vai abrindo quando os personagens também ficam mais “leves”. E Central também é um filme meio de estrada, ele vai dar conta sim. Qualquer coisa o produtor pode dar umas dicas já que é o badass do Francis Ford Copolla. O filme deve sair no ano que vem e daqui pra lá eu termino de ler On the Road.
"...permaneciam incertas sob céus imensos e tudo
o que lhes dizia respeito ia aos poucos se desmoronando.
Para onde ir? O que fazer? Para quê? - dormir.
Essa louca gangue seguia em frente."

Os atores:
Sam Riley = Sal Paradise
Na minha cabeça o Sal Paradise é o Emilie Hirsch que fez Into the Wild, queria ele no papel. Não conheço esse Sam Riley, nunca assisti nada que ele tenha feito, então não sei muito o que esperar. Espero ser surpreendida no bom sentido.
"Eu podia ouvir um farfalhar indescritível que não estava apenas nos meus ouvidos, mas em todos os lugares, e que não tinha nada a ver com sons." - Sal, personagem narrador do livro.
Garret Hedlung = Dean Moriarty
Sempre imaginei que o Dean seria um cara bonito, misterioso e cheio de charme então esse Garrett tá aprovadíssimo (uh lá lá). O objeto da admiração do Sal e de desejo da Marylou (e meu) tinha que ser assim cheio de presença.

"A Califórnia de Dean - louca, tórrida, célebre, a terra aonde os amantes solitários, excêntricos e exilados vêm confraternizar como se fossem pássaros migratórios; a terra aonde, de alguma forma, todos se parecem com artistas de cinema decadentes, elegantes e arruinados."

Kristen Stewart (sim, aquela da saga Crepúsculo e que odeia ser famosa) e Kirsten Dunst (Homem-aranha 1,2 e 3) também estão no elenco.
É impossível ler On the Road e não se identificar com algo, talvez com as dúvidas e as loucuras de ser jovem que sempre estão por ali perto.
"Eu era jovem demais pra perceber o que havia se passado"- On the Road.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

amigos

FELIZ DIA DO AMIGO (atrasado)

Ontem saí pra comemorar com meus amigos o nosso dia.
Entre uma brincadeira e outra todos se declararam e assumiram o amor enorme que cada um sente pelo outro. Como seria triste uma vida sem eles, sem o amor, a compreensão e o apoio dessas pessoas que escolhi ter por perto.
São os irmãos que eu não tive e os que eu vou querer pra sempre por perto. =)

cabine by brancasobreira.

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segunda-feira, 19 de julho de 2010

sempre é cedo

Como é lindo ver os sonhos de outras pessoas se realizarem bem ali na sua frente. Dá um vontade de viver e de correr atrás de ser feliz bem rápido.

Minha avó é uma senhora bem fofa, metida a durona, mas que chora por tudo. Ela tem o maior coração que eu já conheci e a audição um pouquinho prejudicada. Hoje ela embarcou em um sonho, foi para a Europa pela primeira vez e deixou todo mundo aqui com um aperto no peito. Com 74 anos essa vai ser a primeira vez dela no velho continente. O vôo era sete e meia, mas ela chegou no aeroporto às quatro e meia. Sempre pontual hoje ela foi além do pontual. Estava bastante ansiosa dava pra ver no olhar, mas o sorriso fácil não negava a felicidade que pairava no ar. Escrevi uma cartinha de boa viagem para ela e foi o suficiente para cair no choro e me abraçar como se não fosse me largar nunca mais. Sempre sou eu que dou tchau me viro e embarco em uma nova aventura, mas dessa vez foi ela que me fez encher os olhos d’agua, o coração de saudades e a vida de possibilidades.

Nunca é tarde para se aventurar.


domingo, 18 de julho de 2010

geek

Como não escrevi ontem, por motivos pessoais (sorry) hoje escreverei dois post(s) pra compensar. Isso não é trapacear né?

Eu não sei o que acontece aos domingos que o mundo parece estar em slow motion. Hoje a hora do almoço demorou uma eternidade, sai para almoçar com minha família e quando dei conta já eram cinco horas da tarde. Todos bebendo vinho, conversando, rindo, encontrando outros conhecidos, sem pressa alguma, algo raro. O domingo não tem a correria do resto da semana. O domingo é diferente.

Depois do almoço, com muita força de vontade, fui conhecer a Livraria Cultura aqui de Fortaleza. Queria comprar o livro Bienvenido(1), mas estava em falta. Daí comprei um livro da Marjane Satrapi, a mesma autora de Persépolis(2) que é um livro sobre a história de vida dela, da Marjane, desde a infância no Irã até a sua mudança de vez para a França. Persépolis tem ilustrações simples em preto e branco e o livro que eu comprei agora Bordados(3) é assim também, mas a história agora é sobre outras mulheres iranianas:

“O ‘bordado’ é o equivalente iraniano do tricô brasileiro. Mas, além dos mexericos, a expressão tem também uma acepção muito particular: a cirurgia de reconstituição do hímen, um procedimento adotado pelas mulheres que precisam negociar entre as exigências do próprio desejo e o moralismo que impera no país dos aiatólas.”

Vou começar a ler assim que terminar de escrever aqui. Será que vai ter um filminho também, assim como Persépolis? Eu sempre prefiro o livro.

O outro livro (HQ ou grafic novel, whatever) que eu comprei foi A vizinhança – Avenida Dropsie(4) do Will Eisner, conhecido pelo The Spirit(5) que teve filminho com alguns nomes famosos como Eva Mendes, Scarllet Johansson e Samuel L Jackson, mas que nem foi tão bom assim, preferi Sin City(6) baseado na HQ do Frank Miller. Os filmes tiveram o mesmo estilo, bem fiel ao quadrinho. Minha prima Samantha que me deu a dica, mas ela recomendou outro do Will Einsner Nova York – A vida na grande cidade(7) esse bem grandinho, então como nunca tinha lido nada do Eisner preferi ler um menorzinho e se gostar comprar esse sobre NY.

http://www.willeisner.com